Biofortificação

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Biofortificação de alimentos – O que é? Como funciona?

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O que é biofortificação?

O melhoramento genético é velho conhecido na agropecuária. Ele é responsável por vários benefícios no campo. Um deles é a biofortificação.

A biofortificação faz parte da chamada era da Agricultura Funcional. Esse nome é dado à produção que oferece benefícios superiores aos nutricionais básicos. O melhoramento pode ser feito por técnicas de melhoramento convencional ou biotecnologia.

A biofortificação é a técnica para produção de alimentos mais nutritivos. Com ela, os vegetais apresentam maior teor de vitamina A, zinco, ferro e outros micronutrientes. Comparado com a variedade padrão, a biofortificada se torna mais completa e nutritiva.

Onde utilizar a biofortificação?

Por ser um alimento mais completo em nutrientes, a biofortificação contribui com a saúde de muitas comunidades. Pode-se dizer que alimentos biofortificados devem ser empregados em dietas mais saudáveis.

Na Ásia e na África, por exemplo, são utilizados como forma de combater a vulnerabilidade alimentar. Assim, batata doce e arroz, por exemplo, biofortificados, se tornam alimentos ricos em nutrientes para aquelas comunidades.

Quando biofortificado, o alimento se torna mais nutritivo e acessível, contribuindo com a sustentabilidade dos países.

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Alimentos que podem ser biofortificados

Nem todos os alimentos podem ser biofortificados. Entretanto, alguns são mais propensos a isso.

O processo de melhoramento pode ser empregado nas culturas de arroz, feijão, trigo e outros cereais e leguminosas. Mandioca, milho e batata também se destacam nessa lista. Com isso, é possível aumentar o teor de nutrientes desses alimentos. Outro ponto positivo é a ampliação da biodisponibilidade (que ocorre quando parte do nutriente ingerido tem potencial de suprir demandas fisiológicas em tecidos-alvo).

Biofortificação

Biofortificação como aliada nutricional

A biofortificação ocorre durante a fase de desenvolvimento das culturas agrícolas.

O zinco, cálcio e selênio são os principais minerais explorados, já que são escassos em dietas à base de plantas.

Para os seres humanos, a carência desses nutrientes pode causar sérios danos graves à saúde, como distúrbios mentais, alterações no sistema imune, danos na formação dos ossos, ansiedade, depressão, hipertensão arterial, constipação intestinal, insônia, diarreia, entre outros.

O ferro também é bastante empregado. Sua carência resulta em anemia, redução da capacidade de trabalho, problemas no sistema imunológico, retardo no desenvolvimento e até a morte. No Brasil, a anemia ferropriva é um dos principais problemas nutricionais.

A planta biofortificada além de suprir o nutriente faltante auxilia na absorção dos nutrientes já presentes no alimento. Desta forma, ela pode ser aplicada em substituição a preparações farmacológicas já tradicionais.

Populações com carência nutricional e de recursos, com acesso restrito aos alimentos fortificados industrialmente, são as maiores beneficiadas pela técnica.

Sendo assim, produtos agrícolas biofortificados são introduzidos em dietas de populações mais pobres como forma de intervenção nutricional. Trata-se de uma solução de baixo custo, mas com resultados significativos.

Após o investimento é feito no desenvolvimento de variedades nutricionalmente melhoradas em instituições centralizadas de pesquisa, as sementes podem ser adaptadas às condições de crescimento de inúmeros países. Depois desse investimento inicial, as variedades biofortificadas apresentam benefícios contínuos, com custo inferior ao da suplementação e da fortificação pós-colheita.

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Como preparar os biofortificados?

A biofortificação pode ser realizada por biotecnologia ou mesmo manejo de adubação, seja com os nutrientes no solo ou nas folhas das plantas. A segunda opção leva em consideração a elaboração de fertilizantes enriquecidos, que auxiliam no crescimento das plantas e conferem mais nutrientes aos alimentos.

Para desenvolver um cultivar de alimento biofortificado é necessário de seis a oito anos, aproximadamente. Esse é o prazo para que sejam identificados os genes e processos fisiológicos necessários para garantir o conteúdo de nutrientes nas porções comestíveis dos alimentos.

No Brasil, diversos estudos têm sido realizados, com aplicação prática por várias entidades. A Embrapa, por exemplo, tem se destacado nesse setor, com melhoramento de arroz, feijão, feijão-caupi, mandioca, batata-doce, milho, abóbora e trigo.

Já o Instituto Agronômico (IAC),de Campinas, desenvolveu uma alface que possui 16 vezes mais zinco em sua composição. O resultado partiu de 41,5 miligramas por quilo de massa seca de alface das cultivares convencionais, para 704 miligramas na cultivar melhorada. Desta forma, o alimento biofortificado tem mais zinco, com baixo custo para a população que pode apresentar até 30% de deficiência desse nutriente.

Conclusão

Os alimentos fortificados são importantes aliados na nutrição e acesso à saúde por todo o mundo.

Neste artigo você pode compreender de que forma o melhoramento genético contribui diretamente na vida das pessoas.

Produzir variáveis biofortificadas demanda tempo e pesquisa, mas os estudos têm se desenvolvido no sentido de ampliar esse conhecimento e aplicabilidade.

Agora que você sabe tudo sobre biofortificação, que tal aplicar os conhecimentos na lavoura?


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