Cigarra: saiba como esse inseto pode prejudicar a sua lavoura
Na agricultura, a cigarra é conhecida pelos impactos negativos que pode causar nas lavouras.
Esse inseto alimenta-se das seivas das raízes das plantas, prejudicando assim, o desenvolvimento das plantações e afetando a produção de culturas como milho, café, entre outras.
Neste artigo vamos apresentar as principais características da cigarra, apontar os danos causados por ela e explicar os melhores métodos para combatê-la.
Acompanhe a seguir!
Quais são as características da cigarra?
A princípio, as cigarras pertencem ao grupo dos artrópodes e possuem o corpo dividido em cabeça, tórax e abdome, seis pernas e asas. Além disso, esses insetos podem variar de tamanho conforme a espécie, ou seja, podem ter entre 1 e 7 cm de comprimento.
Outra característica marcante é o som produzido por esse inseto, que é uma capacidade restrita dos machos para atrair as fêmeas, formar casais ou capturar algum predador. No entanto, a principal função é garantir a atração de parceiras para a reprodução.
Ciclo de vida da cigarra
Na prática, o ciclo de vida da cigarra é composto por 5 fases:
- Ovo;
- Ninfa;
- Muda;
- Adulto.
Após o período de acasalamento, os machos morrem, enquanto as fêmeas depositam seus ovos nas plantas hospedeiras e em seguida também morrem.
Logo depois, esses ovos eclodem e os filhotes (ninfas) caem no chão. Elas cavam túneis e começam a viver no subsolo.
Nessa fase a cigarra vive a maior parte da sua vida, podendo sobreviver de 1 a 17 anos no subsolo. Seu alimento são as seivas das raízes das plantas.
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Quais danos a cigarra pode provocar na lavoura?
Na prática, durante a vivência no subsolo, as cigarras consomem água e sugam o líquido das raízes das plantas, causando assim, prejuízos às lavouras, devido à quantidade de nutrientes retirados.
Além disso, as cigarras também provocam ferimentos nas raízes, facilitando a entrada de fungos e bactérias.
Sendo assim, elas são consideradas como pragas para algumas culturas como café, milho e eucalipto.
Entre os principais danos causados por esse inseto podemos citar:
- Morte das raízes;
- Clorose;
- Queda precoce de folhas;
- Prejuízos a granação dos frutos;
- Queda na produção;
- Diminuição da vida útil das lavouras;
- Definhamento progressivo e morte das plantas, em casos mais severos.
Além desses danos, em culturas específicas como a do milho, as cigarras podem acarretar enormes prejuízos como:
- Enfezamento de milho;
- Espigas improdutivas;
- Redução do tamanho da planta;
- Redução da absorção dos nutrientes pela planta;
- Multiespigamentos;
- Diminuição do tamanho das espigas;
- Grãos com má formação e/ou chochos.
Quais tipos de cigarra existem no Brasil?
No total, existem 160 espécies de cigarras no país. No entanto, três principais espécies atacam as culturas do Brasil. São elas:
- Quesada gigas;
- Fidicinoidesm sp.;
- Carineta sp.
A cigarra Quesada gigas é o tipo mais comum nas lavouras brasileiras, sendo uma espécie adaptada ao cerrado brasileiro.
Em geral, ela possui uma coloração esverdeada com manchas pretas no tórax e abdômen. Na falta do seu controle, as lavouras podem sofrer danos altamente severos como a falência das plantas e diminuição da produtividade.
Como combater as cigarras na agricultura?
Em resumo, entre as principais formas de controle temos: controle cultural, mecânico, biológico e químico, além do monitoramento constante da lavoura.
Entenda a seguir!
Monitoramento
O monitoramento de pragas funciona como uma ação preventiva. Nesse caso, sua execução consiste na observação constante da produção agrícola a fim de identificar previamente a infestação das cigarras.
Assim, ao identificar o ataque da praga no início, será possível evitar sua proliferação, minimizando assim, os danos na lavoura.
Controle cultural
O controle cultural pode ser definido como um procedimento que visa eliminar, reduzir e dificultar o aparecimento de pragas na lavoura.
Dessa forma, ao adotar esse método de controle, o produtor rural elimina a plantação infestada, tornando o local inviável para a praga.
Portanto, caso haja uma infestação de cigarras, elas morrerão por inanição.
Controle mecânico
O controle mecânico é realizado por meio da retirada manual dos ovos, ninfas e cigarras das plantas. Logo, pode ser um processo difícil que necessita de uma mão de obra especializada.
Controle biológico
No controle biológico utiliza-se fungos para combater as cigarras. Os mais comuns são:
- Massospora cicadina;
- Massospora spp.;
- Metarhizium anisopliae;
- Heterorhabditis spp.;
- Steinernema spp.
Na prática, o controle biológico ajuda a eliminar a cigarra, pois promove uma condição desfavorável para a sobrevivência dela.
Controle químico
Como o próprio nome diz, o controle químico utiliza substâncias químicas (inseticidas) para combater ninfas e cigarras. Dessa forma, o defensivo agrícola age diretamente no organismo do inseto para eliminá-lo da lavoura.
O modo de ação dos inseticidas é o grande diferencial deste produto químico. Entre eles, podemos citar:
Carbamato: age sobre o sistema nervoso dos insetos;
Organofosforado: atuam no sistema nervoso, descontrolando os impulsos e causando convulsões.
Enfim, conseguiu entender de que forma a cigarra pode prejudicar a lavoura e as melhores maneiras de combatê-la? Então, aproveite e leia nosso artigo sobre formiga saúva.
Até a próxima!