conflito entre gerações no agronegócio

Share

Gestão agrícola: evite o conflito entre gerações no agronegócio

Quer saber mais sobre o MyFarm?

Entre em contato e agende uma demonstração com nossos consultores!

Solicitar Teste Grátis

Uma das causas do conflito de gerações no agronegócio é a evolução da gestão da empresa agrícola para um novo padrão cultural; solução passa pela maturidade

Modernizar a gestão agrícola da fazenda deveria ser um processo natural, mas nem sempre isso ocorre, sobretudo quando duas gerações de uma família estão à frente dos negócios.

De um lado, a geração apegada a processos que ao longo dos anos fizeram com que a empresa rural crescesse e, por isso, não vê muita necessidade de mudança na gestão. 

De outro, a que reconhece que esses processos foram importantes, mas há outros métodos e ferramentas tecnológicas que podem ser utilizadas para modernizar a gestão. 

Encontrar o ponto de equilíbrio não é fácil, mas esse conflito entre gerações no agronegócio pode ser superado quando as partes demonstram maturidade. Leia mais neste artigo!

Sucessão familiar no agro: o conflito entre gerações

A sucessão familiar é algo que sempre aconteceu no agronegócio, com filhos e netos assumindo a administração da fazenda, inclusive com ampla participação das mulheres. 

ads

Há diversas propriedades rurais que ao longo dos séculos passaram por mudanças que as tornaram longevas, seja diversificando os negócios ou tornando-os mais profissionais.

Atualmente, essas mudanças na gestão passam invariavelmente pelo uso de técnicas modernas, baseadas em ciência e no uso de tecnologias da agricultura de precisão.

Mas trabalhar com tecnologia não é algo que nem todo mundo está apto, seja por falta de conhecimento sobre o custo/benefício ou de educação para manusear as ferramentas.

A obtenção dos conhecimentos para superação dessas barreiras, contudo, é algo que hoje em dia está mais fácil.

Isso por conta justamente dos avanços tecnológicos, a exemplo do próprio aparelho celular, por meio do qual é possível realizar uma gestão mais eficiente da fazenda.

Assim, com um pouco mais de disposição, é possível para a maior parte das pessoas aprender sobre as novas técnicas de agricultura de precisão e suas ferramentas.

Aderir às tecnologias não quer dizer que tudo que foi aprendido no passado e que vem dando certo deverá ser esquecido, mas sim que pode ser aperfeiçoado.

E isso é algo que as novas gerações de administradores rurais entendem e reconhecem. 

Por conta da época em que vivemos, cada vez mais tecnológica, é impossível para essa geração – e será cada vez mais com as futuras – dissociar o trabalho no campo do uso dos recursos tecnológicos e suas inovações.

Afinal, são as inovações e a tecnologia que têm feito o setor evoluir ao longo dos anos, e as pessoas que fazem parte das gerações mais antigas sabem disso também.
E uma das novidades da atual forma de gestão é a descentralização do gerenciamento da fazenda. Leia mais abaixo!

>>> MATERIAL GRATUITO: E-BOOK GUIA COMPLETO PARA GESTÃO AGRÍCOLA <<<

O pai-patrão e os novos administradores rurais

A figura paternalista do “pai-patrão”, responsável por toda a administração da fazenda, ainda é algo bastante comum de se ver nas propriedades rurais do Brasil. 

Geralmente, essa figura toma todas as decisões da empresa rural sozinho, com base na experiência, e “sabe tudo de cabeça”, sem necessidade de anotar nada em papel.

Nele, “família, negócio e fazenda” são administrados ao mesmo tempo, como se fossem uma coisa só ou partes de uma mesma instituição. Mas sabemos que não é.

Quanto mais essa figura persiste, maior é o risco para a longevidade da propriedade rural, devido a situações que ao longo do tempo sempre aparecem, tais como:

  • morte ou incapacidade física ou mental de continuar no comando;
  • divergência entre membros da família sobre a condução do negócio;
  • sentimento de desprestígio por parte dos filhos;
  • despreparo emocional, cultural e profissional dos filhos para assumir a gestão.

Isso acontece mais cedo ou mais tarde em qualquer fazenda onde essa figura do “pai-patrão” permanece por muito tempo.

Essa figura, cuja competência para lidar com os negócios não se duvida, muitas vezes não se sente segura em passar o bastão ou parte dele para os filhos, muitos dos quais nem preferem viver na fazenda, indo lá de vez em quando.

Mas isso pode ser revertido com ações planejadas, voltadas para a formação de novos líderes das empresas rurais que vão dar continuidade aos negócios e fazê-los prosperar.

Um dos primeiros passos para isso é a figura do “pai-patrão” entender que sua geração é diferente da anterior e da que se aproxima – e que assim sempre será.

Nesse sentido, é natural que haja a implementação de novos processos administrativos para eficiência na gestão rural, sobretudo com o uso detecnologias digitais

Quando os filhos devem assumir a fazenda?

Entender quando os filhos devem assumir a gestão da propriedade rural é de grande importância para o sucesso na continuidade dos negócios.

Um parâmetro ideal para isso é averiguar o nível de participação dos filhos e o interesse deles na administração da fazenda. A idade do “pai-patrão” não influencia nesse assunto.

Outro critério importante é o nível de conhecimento técnico, adquirido por meio de cursos profissionalizantes ou de graduação, ou cultural, sobre as atividades do dia a dia rural.

Conhecer a rotina da fazenda, seus pontos fortes e fracos, é essencial para conciliar o conhecimento adquirido de forma teórica que será colocado em prática.

A convivência não só com membros da família, mas com os colaboradores da fazenda, sobretudo os mais antigos, é essencial para agregar conhecimento que vai resultar em tomadas de decisões importantes ou em resolução rápida de problemas cotidianos.

Nesse contexto, outro fator relevante é averiguar junto aos filhos quais são as maiores afinidades deles para com o trabalho na fazenda.

Alguns podem gostar mais – e serem mais competentes nisso – ao lidar com números, e por isso devem ser encaminhados para o setor administrativo/contábil.

E quando se fala em filhos aqui, não quer dizer apenas os do sexo masculino.

Afinal, as mulheres podem ou não ter as mesmas qualidades (de forma geral) que os homens e assumir os mesmos postos na fazenda. Isso depende de cada um.

E em caso de famílias grandes e com pessoas dispostas e competentes para estarem nos negócios, o mais indicado é fazer a divisão da administração e formar um conselho administrativo para tomar as decisões mais importantes.

Por mais que exista, por exemplo, um presidente desse conselho, não se pode delegar a este o poder de decisão sozinho ou com voto superior aos dos demais.

A pessoa que ocupa o cargo de presidente de um conselho numa empresa rural deve servir para representar essa empresa em reuniões de negócio, onde são apresentadas demandas e possibilidades de negociações previamente aprovadas pelo conselho.

Uso de tecnologias para aperfeiçoar a gestão

As novas gerações que vão assumir ou já estão à frente dos negócios fazenda invariavelmente utilizam as tecnologias para aperfeiçoar seus serviços.

Afinal, são diversas as vantagens que se tem em utilizar as tecnologias, seja com o trabalho diretamente no campo ou no escritório, administrando a área administrativa/contábil.

No uso dessas tecnologias, cujo manuseio requer um treinamento de tempo curto, o que precisa ficar atento é somente à real necessidade dela para sua fazenda.

São muitas as ferramentas de agricultura de precisão e digital que existem no mercado. Então, o mais correto é você avaliar quais são as necessidades de melhoria que você precisa para sua propriedade rural e buscar ferramentas apropriadas para isso.

Realizar testes gratuitos com softwares pagos é sempre importante antes de decidir se realmente ele te ajuda a melhorar os processos da fazenda ou não. Nunca compre direto.

Se você pensa em digitalizar a gestão da sua fazenda, comece fazendo uso de tecnologias de uso gratuito – existem vários aplicativos de celular e computador que podem ser utilizados, basta fazer uma busca na internet.

Uma boa dica é começar usando, por exemplo, as imagens de satélite em NDVI (Índice de Vegetação por Diferença Normalizada, na sigla em inglês) para monitorar a sua fazenda.

Na agricultura ou na pecuária, o NDVI possui grande utilidade para acompanhar o desenvolvimento da biomassa das culturas, com indicativos de problemas reais que devem ser checados no local. 

Nesse sentido, tecnologias como o NDVI, que pode ser acompanhado pelo celular, favorecem a economia de custos e eficiência na gestão agrícola.

Conclusão

Uma boa convivência familiar na gestão da propriedade rural é um dos grandes segredos do sucesso no agronegócio, cuja atividade nasceu assim, tendo a família como base.

Por isso, haver conflito entre gerações é algo que nem deveria ter sentido, se houvesse a compreensão de cada geração de que cada um vive em seu tempo e deve buscar fazer o melhor de acordo com as ferramentas existentes.

A tecnologia, seja no agronegócio ou em qualquer setor, vai avançar sempre, com novidades que contribuem para o aperfeiçoamento da gestão.

Você só precisa saber escolher o que é melhor para a sua fazenda. 


Publicado por:
Jornalista e pós-graduado em Agricultura de Precisão e Ciência de Dados.
Share