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Aprenda como mitigar as perdas com Dalbulus Maidis na safra de milho

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O agronegócio é um dos pilares da economia brasileira, com destaque para a produção de milho, que ocupa uma posição de relevância tanto no mercado interno quanto nas exportações. O milho é uma cultura essencial para a alimentação humana e animal, além de ser uma matéria-prima fundamental para diversos setores, como o de biocombustíveis e de produtos industriais.

No entanto, a produtividade do milho pode ser severamente comprometida por pragas agrícolas, sendo o Dalbulus Maidis, também conhecido como cigarrinha-do-milho, uma das mais destrutivas.

Nos últimos anos, a infestação dessa praga tem gerado grandes prejuízos aos agricultores, resultando em perdas significativas na produção e consequente impacto econômico. A cigarrinha-do-milho não apenas causa danos diretos à planta ao se alimentar da seiva, mas também é vetor de patógenos que provocam doenças devastadoras, como o enfezamento pálido e vermelho, capazes de reduzir drasticamente a qualidade e o volume da safra.

Diante desse cenário, entender como mitigar as perdas causadas pelo Dalbulus Maidis é de extrema importância para garantir a sustentabilidade do cultivo do milho e assegurar a rentabilidade dos produtores. Neste texto, vamos explorar as melhores práticas de manejo e controle dessa praga, ajudando agricultores a protegerem suas lavouras e minimizar os impactos econômicos.

O que é Dalbulus Maidis

O Dalbulus Maidis, conhecido popularmente como cigarrinha-do-milho, é um pequeno inseto que tem causado grandes prejuízos à agricultura, especialmente às lavouras de milho. Essa praga é um vetor eficiente de doenças, transmitindo patógenos que comprometem seriamente o desenvolvimento das plantas.

Entre as principais doenças associadas à cigarrinha-do-milho estão o vírus do rayado fino e dois tipos de molicutes (Spiroplasma Kunkelii e Phytoplasma),microrganismos semelhantes a bactérias. Juntas, essas doenças formam o CMV (Complexo de molicutes e viroses),que pode devastar as plantações de milho.

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O Dalbulus Maidis não apenas se alimenta da seiva das plantas, enfraquecendo a cultura, mas também injeta simultaneamente os vírus e molicutes durante o processo de alimentação. Esses patógenos causam doenças como o enfezamento pálido e vermelho, que reduzem a produtividade e a qualidade das espigas, resultando em perdas significativas.

A capacidade da cigarrinha de transmitir múltiplos patógenos em uma única picada agrava ainda mais os danos, dificultando o controle e a mitigação dos impactos. Por isso, o manejo adequado dessa praga é fundamental para preservar a produtividade das lavouras e minimizar os prejuízos econômicos.

Entenda como identificar a Dalbulus Maidis

A Dalbulus Maidis, ou cigarrinha-do-milho, pertence à ordem Hemiptera e à família Cicadellidae, e é um inseto de pequeno porte que pode ser identificado por algumas características morfológicas específicas. Uma das principais distinções desse inseto é a presença de quatro fileiras de espinhos nas tíbias das pernas posteriores, uma característica marcante dessa família de insetos.

Além disso, outro sinal visual importante para sua identificação são as duas manchas circulares negras facilmente visíveis na parte dorsal da cabeça, que facilitam sua distinção de outras espécies de cigarrinhas.

No Brasil, o milho é a única planta hospedeira da cigarrinha-do-milho, tornando essa cultura especialmente vulnerável à infestação. Durante seu ciclo de vida, cada fêmea pode depositar entre 400 a 600 ovos, que são colocados principalmente nas folhas de milho.

Após a eclosão, as ninfas e os adultos continuam a se alimentar da seiva da planta, causando danos diretos e, principalmente, transmitindo patógenos que afetam o desenvolvimento e a produção da lavoura. A rápida reprodução e o ciclo de vida curto da cigarrinha contribuem para a sua dispersão e para o agravamento das infestações, sendo essencial monitorar e identificar precocemente a presença desse inseto nas lavouras.

Conheça a relação entre a Dalbulus Maidis e o enfezamento do milho

A cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis) está diretamente relacionada ao surgimento do enfezamento do milho, que se manifesta em duas formas: enfezamento vermelho e enfezamento pálido.

Essas doenças são causadas por molicutes, que incluem dois tipos de patógenos: o fitoplasma (associado ao enfezamento pálido) e o espiroplasma (Spiroplasma Kunkelii, associado ao enfezamento vermelho).

Essas doenças são sistêmicas e afetam os tecidos vasculares das plantas, comprometendo seu desenvolvimento e reduzindo significativamente a produtividade.

O modo de transmissão dos molicutes pela cigarrinha-do-milho é do tipo persistente e propagativo, ou seja, uma vez que o inseto se infecta ao alimentar-se de uma planta doente, ele se torna vetor por praticamente toda a sua vida. Além disso, os molicutes podem se multiplicar dentro do corpo da cigarrinha, o que aumenta ainda mais a eficiência da transmissão.

Os sintomas do enfezamento vermelho são caracterizados por um avermelhamento das folhas, que começa nas bordas e se estende em direção ao centro, seguido por uma seca progressiva também das bordas para o centro.

Já o enfezamento pálido apresenta estrias cloróticas paralelas às nervuras na base das folhas. Ambas as formas de enfezamento reduzem a capacidade fotossintética da planta e, consequentemente, a produção de grãos, causando grandes prejuízos econômicos a sua propriedade rural.

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Saiba como controlar a Dalbulus Maidis em sua produção

O controle da Dalbulus Maidis é crucial para minimizar os danos causados à produção de milho, especialmente pelo seu papel como vetor de doenças como o enfezamento vermelho e pálido. Para controlar essa praga, uma série de estratégias integradas deve ser aplicada, envolvendo tanto medidas preventivas quanto de manejo ativo. Por isso, vou te contar as principais ações de controle:

Evitar o plantio de milho pipoca e milho doce em áreas com histórico recente de infestação: essas variedades de milho são mais suscetíveis à infestação por Dalbulus maidis. O plantio em áreas previamente afetadas aumenta as chances de uma nova infestação. É importante que você conheça o histórico de sua área de cultivo para tomar decisões mais seguras.

Evitar a multiplicação do vetor em plantios sucessivos: realizar o plantio contínuo de milho em uma mesma área pode favorecer a permanência e multiplicação da cigarrinha. O intervalo entre safras ajuda a reduzir a população do inseto, que precisa de plantas hospedeiras para se desenvolver.

Erradicação de plantas voluntárias (tiguera): plantas voluntárias de milho que crescem espontaneamente em áreas de cultivo anterior podem servir de abrigo para as cigarrinhas, permitindo que elas se mantenham no local mesmo fora do período de safra. A eliminação dessas plantas antes do início do novo ciclo é essencial para quebrar o ciclo de vida do inseto.

Uso de cultivares menos suscetíveis aos patógenos: algumas variedades de milho são mais resistentes às doenças transmitidas pela cigarrinha. A escolha de cultivares com maior resistência ao enfezamento pode ajudar a reduzir os impactos, já que mesmo que o inseto esteja presente, a planta apresentará menor vulnerabilidade aos patógenos.

Monitoramento constante da plantação: o monitoramento regular das lavouras é uma ferramenta fundamental para detectar precocemente a presença de Dalbulus Maidis e evitar a propagação de doenças. O uso de armadilhas, inspeções visuais frequentes e a análise da população do inseto permitem a tomada de decisões rápidas, como o controle químico em momentos oportunos.

Controle químico: quando o monitoramento aponta um aumento significativo da população de cigarrinhas, o uso de inseticidas pode ser necessário. No entanto, o controle químico deve ser feito de forma responsável, seguindo as recomendações técnicas, para evitar o desenvolvimento de resistência no inseto.

A adoção dessas práticas de manejo integrado ajuda a reduzir os danos causados pela cigarrinha-do-milho, protegendo a produtividade da lavoura e garantindo a sustentabilidade do cultivo de milho.

Conclusão

Evitar a presença da Dalbulus Maidis nas plantações de milho é fundamental para garantir a saúde das lavouras e minimizar prejuízos econômicos. Como vetor de doenças graves, como o enfezamento pálido e vermelho, esse inseto pode comprometer seriamente a produtividade.

A adoção de práticas de manejo integrado, como o monitoramento, controle de plantas voluntárias e uso de cultivares resistentes, é essencial para proteger as colheitas e assegurar uma produção de milho sustentável e rentável.

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