doenças foliares na soja

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Conheça as doenças foliares que mais afetam a cultura da soja

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A soja, uma das culturas agrícolas mais importantes em todo o mundo, desempenha um papel crucial na alimentação humana e animal, além de ser uma fonte valiosa de óleos e proteínas. No entanto, a saúde e produtividade dessa planta podem ser severamente comprometidas por doenças foliares que atingem suas folhas, interferindo no desenvolvimento saudável e reduzindo a qualidade da colheita.

Neste contexto, é essencial que você compreenda as principais doenças foliares que afetam a cultura da soja, suas causas, sintomas e estratégias de manejo. Por isso, eu busco trazer uma visão abrangente dessas enfermidades, fornecendo informações valiosas para você, produtor rural, pesquisadores e demais interessados na otimização da produção de soja.

Então, se as doenças foliares da soja são um assunto que te interessa, recomendo que leia o texto até o final.

Conheça os principais causadores de doenças foliares na soja

Você sabia que as doenças foliares são uma das principais causas que limitam os altos rendimentos da sua propriedade rural?

Sim!

Elas se destacam dos demais problemas enfrentados durante a produção da lavoura da soja, pois podem causar cerca de 30% de prejuízo quando não são manejadas no momento correto.

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Por isso, é essencial que você saiba identificar a doença presente e tomar medidas corretas de manejo e controle para que possa reduzir a ação prejudicial.

Então, eu trouxe os principais causadores de doenças foliares na lavoura de soja.

Vamos lá?

Ferrugem-asiática em soja (Phakopsora pachyrizi): A ferrugem-asiática, causada pelo fungo Phakopsora pachyrizi, figura como a principal ameaça à cultura da soja. Seus estragos se manifestam por meio de minúsculas pontuações escuras, não excedendo 1 mm de diâmetro, contrastando com a coloração saudável da folha. Este patógeno promove a desfolha precoce, prejudicando a formação completa dos grãos e, consequentemente, reduzindo drasticamente a produtividade.

Podridão radicular de fitóftora (Phytophthora sojae): A fitóftora é uma doença que atinge as plantas desde a pré-emergência até a fase adulta, com maior suscetibilidade nas plantas jovens. As folhas tornam-se amareladas, e a planta murcha rapidamente, secando e morrendo. Um sinal distintivo é a retenção das folhas à planta, voltadas para baixo, denotando a severidade do ataque.

Antracnose (Colletotrichum truncatum): A antracnose afeta a fase inicial de formação de vagens na soja. Suas lesões começam como estrias e evoluem para manchas negras, comprometendo as vagens e podendo levar à queda ou deterioração das sementes. Este fungo se destaca pela sua capacidade de causar danos significativos nas fases iniciais do desenvolvimento da planta.

Mancha-alvo (Corynespora cassicola): Nos estados de Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Tocantins, Maranhão e Piauí, a mancha-alvo, causada pelo fungo Corynespora cassicola, tem se mostrado particularmente agressiva. Seus sintomas incluem manchas circulares de coloração castanha com pontuações no centro, atingindo até 2 cm de diâmetro. Essa enfermidade pode causar danos consideráveis às folhas da soja.

Mofo-branco (Sclerotinia sclerotiorum): A podridão-de-esclerotinia, conhecida como mofo-branco, apresenta-se como uma ameaça abrangente, atingindo toda a planta, incluindo hastes, ramos, flores e raízes. Sua característica marcante é a formação de uma massa de micélio branco, conferindo à planta uma aparência cotonosa nas áreas afetadas.

Oídio (Microsphaera diffusa): O oídio, causado pelo fungo Microsphaera diffusa, foca sua ação na parte aérea da planta de soja. Inicialmente de coloração branca, a presença do fungo evolui para um tom castanho-acinzentado com o tempo. Sua fácil dispersão pelo vento destaca a importância de medidas preventivas para seu controle.

Podridão-de-carvão (Macrophomina phaseolina): A podridão-de-carvão pode se manifestar após o florescimento em condições de estresse hídrico, como veranicos prolongados e temperaturas elevadas. Suas folhas inicialmente descoradas secam e tornam-se marrons, sinalizando um impacto significativo na saúde e desenvolvimento da soja.

Crestamento foliar de cercospora (Cercospora kikuchii): Parte do complexo de doenças de final de ciclo, o crestamento foliar de cercospora pode antecipar a desfolha da lavoura, resultando em redução de produtividade. Os sintomas se caracterizam por pontuações escuras (castanho-avermelhadas) com bordas difusas, formando grandes manchas escuras.

Mancha-parda ou septoriose (Septoria glycines): A septoriose se manifesta por meio de pequenas pontuações ou manchas de contornos angulares, castanho-avermelhadas, nas folhas unifolioladas. Este patógeno, se não controlado, pode impactar diretamente a capacidade fotossintética da planta, comprometendo seu desenvolvimento.

Entender quais são os principais causadores das doenças foliares não é suficiente, você precisa saber como controlar as doenças foliares se elas aparecem em sua lavoura.

Vamos lá?

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Saiba como controlar as doenças foliares na soja

Controlar as doenças foliares na cultura da soja é um desafio contínuo que demanda a implementação de práticas de manejo desde as fases iniciais do processo agrícola até o desenvolvimento pleno das plantas. O preparo adequado do solo desempenha um papel crucial, evitando a compactação de talhões, condição propícia para o desenvolvimento de patógenos. Essa prática não apenas promove um ambiente mais saudável para as plantas, mas também reduz o risco de infecções por doenças.

O tratamento de sementes industrial (TSI) com fungicidas é uma estratégia preventiva eficaz, assegurando que as sementes cheguem à lavoura devidamente protegidas contra possíveis patógenos. Essa abordagem contribui para estabelecer um início saudável para o ciclo de cultivo da soja, mitigando os riscos associados às doenças foliares desde o princípio.

O monitoramento constante é uma prática essencial para identificar precocemente a presença de doenças. A observação regular das plantas permite a detecção rápida de sintomas e a implementação imediata de medidas de controle adequadas. Essa vigilância ativa é fundamental para prevenir a disseminação e o agravamento das infecções.

A adoção de estratégias de rotação de culturas representa uma medida preventiva adicional, reduzindo a probabilidade de encontro de fungos com plantas hospedeiras por períodos prolongados. Essa abordagem contribui para quebrar o ciclo de vida dos patógenos, diminuindo a pressão de doenças na lavoura.

O manejo nutricional ajustado às necessidades da cultura é outra prática relevante no controle de doenças foliares. O fornecimento adequado de nutrientes fortalece as plantas, tornando-as mais resistentes a infecções. A aplicação equilibrada de fertilizantes contribui para manter a saúde geral da soja, fortalecendo sua capacidade de resposta ao ataque de patógenos.

Portanto, uma abordagem integrada, que englobe desde a preparação do solo até práticas de monitoramento e manejo nutricional, é fundamental para controlar eficazmente as doenças foliares na cultura da soja e assegurar uma produção saudável e produtiva.

Entenda quais são os fatores que ajudam no aparecimento das doenças foliares na soja

O aparecimento de doenças foliares na cultura da soja é influenciado por uma série de fatores que podem criar condições favoráveis ao desenvolvimento e propagação de patógenos. Dentre esses fatores, destacam-se:

Clima úmido e quente: Condições climáticas quentes e úmidas oferecem um ambiente propício para a proliferação de fungos causadores de doenças. A umidade favorece a germinação de esporos e o desenvolvimento dos patógenos, enquanto o calor acelera seus ciclos de reprodução.

Manejo inadequado em safras anteriores: Práticas agrícolas inadequadas em safras anteriores, como o não adequado manejo de resíduos culturais, podem resultar na persistência de patógenos no solo.

Sementes contaminadas: O uso de sementes contaminadas com esporos de fungos pode introduzir patógenos na lavoura desde o início do ciclo de cultivo. A contaminação pode ocorrer durante o armazenamento ou transporte das sementes, sendo essencial garantir a qualidade e procedência do material de plantio.

Sobrevivência de fungos em restos culturais: Fungos causadores de doenças foliares podem sobreviver em restos culturais deixados no campo após a colheita. A decomposição incompleta desses resíduos pode manter os patógenos ativos no solo, proporcionando condições para infecções subsequentes.

Manejo com fungicidas atrasado: O uso de fungicidas como medida de controle pode ser eficaz, mas o atraso na aplicação pode permitir que os patógenos estabeleçam uma presença significativa na lavoura.

Esses fatores, muitas vezes inter-relacionados, destacam a importância de práticas agrícolas preventivas e uma abordagem integrada para o controle de doenças foliares na soja. O entendimento desses elementos é essencial para desenvolver estratégias eficazes que minimizem o impacto das doenças e promovam uma produção saudável e sustentável.

Conclusão

O manejo eficaz das doenças foliares na cultura da soja é essencial para garantir altos rendimentos e uma produção saudável. A implementação de práticas preventivas, como o preparo adequado do solo, tratamento de sementes, rotação de culturas e monitoramento constante, são cruciais para evitar o surgimento e a disseminação dessas enfermidades.

Reconhecer os fatores de risco, como o clima favorável, manejo inadequado e atraso na aplicação de fungicidas, permite uma abordagem integrada que contribui para a sustentabilidade e sucesso da lavoura de soja.

Como está a saúde da sua lavoura?


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