Fertilizantes para plantas: saiba como usá-los para aumentar a produtividade
Os fertilizantes são responsáveis por fornecer nutrientes ao cultivo para que as plantas se desenvolvam de forma saudável.
Na prática, eles são essenciais para alcançar uma boa produtividade, visto que atuam em diversas etapas da evolução da cultura.
Quer saber quais são os principais tipos de fertilizantes e os métodos de aplicação?
Preparamos este material com tudo que você precisa saber sobre o assunto, para conferir é só nos acompanhar até o final. Vamos lá?!
O que são fertilizantes? Para que servem?
Em síntese, os fertilizantes são produtos de origem orgânica ou sintética (mineral) utilizados para nutrir as plantas.
Em geral, eles se dividem em macro e micronutrientes. Ambos estão presentes nas etapas de evolução da cultura, desde a germinação até os processos de reprodução. Confira quais são os macro e micronutrientes a seguir!
Macronutrientes
Os macronutrientes são exigidos em grande quantidade. Desse modo, são essenciais para o desenvolvimento saudável das plantas. Entre eles, podemos citar:
Nitrogênio: fundamental para as proteínas, atua na formação de frutas e flores.
Fósforo: fornece energia e auxilia o desenvolvimento de novas estruturas.
Potássio: possibilita a transpiração e a troca de gases, além de prevenir pragas.
Enxofre: compõe muitos componentes das células.
Cálcio: participa do transporte de materiais e do crescimento radicular.
Magnésio: permite a formação clorofila e a geração da fotossíntese.
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Micronutrientes
Os micronutrientes são necessários em menor quantidade. Entre os principais, estão:
Ferro: ajuda na fotossíntese. No entanto, como o solo brasileiro é ácido, encontra-se em grande quantidade.
Manganês: auxilia no desempenho da fotossíntese.
Zinco: ajuda na reprodução.
Cobre: favorece a formação de sementes e a criação de estruturas.
Boro: atua no processo de divisão celular.
Cloro: otimiza a fotossíntese e o controle de temperatura.
Molibdênio: incentiva a síntese proteica através dos aminoácidos.
Vale ressaltar que os fertilizantes podem variar em concentração de nutrientes. Isso significa que os produtos fornecem o que é realmente preciso. Logo, contribuem para o desenvolvimento otimizado das plantas.
Quais são os tipos de fertilizantes?
De modo geral, podemos encontrar os fertilizantes em dois tipos: orgânicos e sintéticos. Veja a diferença entre eles:
Fertilizante orgânico
Em resumo, o fertilizante orgânico caracteriza-se por ser composto de restos vegetais. Como exemplo, temos cascas, talos e elementos de origem animal, como farinha de ossos e esterco animal.
Na prática, apresenta uma ação mais lenta e gradual. Isso acontece porque ele passa por transformações antes de ser utilizado. No entanto, não oferece risco para as plantas e favorece a oxigenação das raízes.
Além disso, são considerados um excelente alternativa para a recuperação do solo.
Fertilizante sintético
Já o fertilizante sintético é de origem mineral e pode ter maior ou menor quantidade de nutrientes. Sendo assim, é possível encontrá-lo com composições diferentes, desenvolvidas especialmente para determinados cultivos.
Em geral, os sintéticos possuem uma rápida absorção da planta e, geralmente, possuem nitrogênio, fósforo e potássio.
Ademais, subdividem-se em algumas subclasses:
Nitrogenados: formado por nitrogênio cuja matéria principal é a amônia (NH3).
Fosfatados: formado basicamente por fósforo, sendo obtidas a partir do superfosfato, fosfato oxidado, fosfatos de amônio e termofosfatos.
Potássicos: dissolvem em água, fornecem o potássio necessário vegetal. Suas matérias-primas principais são o sulfato de potássio e o cloreto de potássio.
Como usar e aplicar o fertilizante nas plantas?
Como vimos, o fertilizante é responsável por fornecer nutrientes para as plantas. Sendo assim, antes de escolher qual utilizar, é necessário identificar as necessidades nutricionais da sua lavoura.
Portanto, o ideal é buscar ajuda de profissional para analisar o local em que o fertilizante será aplicado. Afinal, ele conseguirá recomendar o produto adequado bem como o modo de aplicação para reduzir desperdícios.
Em suma, a aplicação de fertilizante pode ser realizada de três formas diferentes. São elas:
- Diretamente no solo;
- Irrigação (fertirrigação);
- Pulverização direta nas plantas (adubação foliar).
Diretamente no solo
A aplicação no solo é subdivida em três métodos. Confira!
Aplicação na semeadura: nesse modelo os fertilizantes são depositados no solo em conjunto com a operação de plantio, ou seja, abaixo das sementes. Assim, quando aplicadas, as sementes já terão nutrientes disponíveis.
Adubação a lanço: conhecida também como adubação de cobertura, nessa técnica pode-se dividir a aplicação do fertilizante ao longo do ciclo da cultura. Logo, pode ser realizada antes da germinação ou em coberta, quando a planta já se encontra em estágios avanços.
Aplicação pneumática: a aplicação do fertilizante é direcionada para as linhas individuais de plantio, isto é, por meio de tubulações e assistência de ar. Normalmente, é usada em cultivos que apresentam maior espaçamento entre linhas de plantio como a cana-de-açúcar.
Irrigação
Chamada de fertirrigação, essa técnica consiste na aplicação de fertilizantes de forma líquida, isto é, por meio de pivôs centrais ou por mangueira de gotejamento. Para conseguir atingir a cobertura necessária e o funcionamento correto dos agroquímicos é importante ficar atento aos padrões de irrigação.
Pulverização
Também conhecida como adubação foliar, esse procedimento consiste na diluição do fertilizante em água e na aplicação da calda por meio de pulverizadores. Vale destacar que a absorção da substância se dá por meio das folhas.
O que considerar antes de escolher o fertilizante para a lavoura?
No momento de escolher o fertilizante ideal para sua lavoura, é importante considerar alguns fatores importantes para obter sucesso e bons resultados. Veja quais são eles:
- Condições apontadas pela análise do solo;
- Necessidades da cultura;
- Tecnologia de aplicação;
- Qualidade do produto;
- Custos envolvidos com o produto, desde o frete até a sua aplicação.
Além disso, fique atento e pesquise sobre os principais fertilizantes disponíveis no mercado, avaliação de clientes e forma de aplicação. Afinal, todas essas informações são essenciais para evitar prejuízos.
Contudo, também é importante lembrar que cada fertilizante combina com uma determinada técnica. Logo, o uso correto resultará em um resultado mais eficiente. Veja abaixo alguns exemplos!
Aplicação na semeadura: ideal para fertilizantes químicos e granulados.
Adubação a lanço: ideal para fertilizantes químicos e granulados, orgânicos e produtos em pó para correção do solo (calcário e gesso).
Aplicação por irrigação: indicado para fertilizantes líquidos.
Aplicação por pulverização: uso de fertilizantes foliares, pois são diluídos.
Quando usar fertilizante nas plantas?
Em suma, para identificar se uma planta necessita de fertilizante é necessário seguir alguns passos fundamentais:
O recomendado é que o agricultor busque ajuda de um profissional que além de analisar as necessidades do solo, também avalie a estrutura da planta. Depois da análise, ele realizará o cálculo de adubação, um recurso utilizado para definir as quantidades de nutrientes necessários ideais para a cultura.
Lei do Mínimo
Por fim, na agricultura, existe a Lei do Mínimo, que diz que a máxima produção está relacionada à disponibilidade dos nutrientes. Isso significa que, o crescimento dos vegetais é limitado pelo nutriente cuja concentração é menor que um valor mínimo, pois, abaixo desse valor, as sínteses na planta não podem ser realizadas.
Na imagem podemos ver que a produção máxima da planta, representada pela água dentro do barril que está diminuindo devido ao nutriente faltante (o potássio, no caso). Os nutrientes e fatores de produção são representados pelas colunas que formam o barril.
Portanto, saber reconhecer as necessidades nutricionais das culturas é fundamental para obter resultados satisfatórios na produção e evitar prejuízos na lavoura.
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Até a próxima!