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Forrageiras: saiba como usar na sua lavoura

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As forrageiras são utilizadas como cobertura vegetal para proteger o solo e nutrir animais. Na prática, elas ajudam a aumentar a produtividade, melhorar a qualidade da colheita e reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

Neste artigo vamos explicar quais são os tipos de plantas forrageiras e como escolher a opção ideal para sua lavoura.

Acompanhe a seguir!

O que são forrageiras? Para que servem?

As forrageiras são espécies de plantas cultivadas para alimentar animais, proteger o solo e fornecer palha para o plantio direto. Em geral, elas podem ser classificadas como gramíneas e leguminosas.

Além disso, elas são consideradas uma das principais fontes de rendimento na pecuária, pois servem para:

  • Formar pastagens;
  • Produzir feno e silagem;
  • Complementar a alimentação dos animais, tornando a pecuária mais produtiva.

Quais são os principais tipos de plantas forrageiras?

Como explicamos, as plantas forrageiras são classificadas em dois tipos básicos: as gramíneas forrageiras e as leguminosas forrageiras.

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Entenda a diferença entre elas e veja quais espécies compõem cada tipo a seguir:

Gramíneas forrageiras

As gramíneas forrageiras são plantas que possuem folhas lineares, sementes que se dispersam facilmente e boa adaptação a diversos tipos de terrenos. Suas principais características são:

  • São resistentes ao fogo e ao calor;
  • São perenes, ou seja, possuem um ciclo de vida longo e brotam rapidamente após serem cortadas ou pastejadas;
  • Nascem naturalmente em pastagens.

Confira a seguir alguns exemplos de gramíneas forrageiras:

Aveia

Apesar de não se adaptar a solos muito úmidos, essa planta consegue produzir forragem mais cedo. A aveia preta é a mais comum, porém, a aveia branca tem se popularizado, embora seja mais suscetível a doenças.

Azevém

Azevém - planta forrageira
O azevém é uma planta gramínea forrageira com ressemeadura natural (Créditos: Syngenta)

O custo-benefício é uma das principais características da Azevém, pois essa planta proporciona uma alta produção, boa qualidade de forragem e resistência em relação ao pastejo e aos excessos de umidade.

Além disso, essa planta forrageira permite uma ressemeadura natural, que ocorre com a produção e a queda das sementes na terra.

Capim-elefante

Essa planta possui alta produtividade e geralmente é utilizada em pequenas áreas. Entretanto, também pode ser plantada em pastejo, cortada e fornecida aos animais no cocho.

Grama bermuda e estrela

A grama bermuda e a grama estrela são plantas perenes que se adaptam facilmente em regiões quentes e em terrenos férteis. Em geral, grande parte das cultivares são reproduzidas por mudas.

Capim-carrapicho

capim-carrapicho
O capim-carrapicho é uma planta forrageira conhecida pelo seu valor nutritivo (Créditos: Syngenta)

O capim-carrapicho é uma planta daninha em seu estágio inicial, que possui um considerável valor nutricional. Por isso, pode ser utilizada como planta forrageira.

Capim-mombaça

O capim-mombança possui alto valor nutricional e consegue se adaptar bem em clima tropical e em solos argilosos e arenosos.

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Leguminosas forrageiras

As leguminosas forrageiras produzem sementes dentro de si mesmas (vagens) e são utilizadas na alimentação de rebanhos bovinos leiteiros devido ao seu alto valor nutritivo.

Em geral, essas plantas possuem baixo custo produtivo, alto valor proteico e são capazes de aumentar a disponibilidade de nitrogênio, melhorando assim a fertilidade do solo.

Conheça algumas espécies de leguminosas forrageiras a seguir:

Alfafa

Conhecida pela sua produtividade e qualidade, essa planta se adapta melhor em solos profundos, com umidade na medida e boa fertilidade. Normalmente, é utilizada em corte e na produção de feno.

Amendoim-forrageiro

amendoim-forrageiro
Amendoim-forrageiro é uma das opções de plantas forrageiras para o cultivo durante o inverno (Créditos: Diva Conceição Gonçalves | Embrapa Acre)

O amendoim-forrageiro é capaz de resistir ao inverno e de competir com invasoras. Além disso, não causam timpanismo no gado (problema digestivo que afeta a eliminação dos gases dos animais) e pode ser multiplicada principalmente por mudas.

Feijão-miúdo

O feijão-miúdo é resistente à seca e se desenvolve bem nos períodos de verão e outono. Portanto, é uma boa opção para plantar em conjunto com outras espécies forrageiras do tipo gramínea.

No mais, apesar de adaptar-se com facilidade a diferentes tipos de solo, não reage bem em solos excessivamente úmidos.

Cornichão

Essa planta forrageira destaca-se por não causar timpanismo e por se desenvolver bem em diferentes condições de solo e clima.

Nesse sentido, apesar de ser uma planta típica do inverno, ela se comporta bem no verão e oferece uma alta qualidade.

Trevos

Os trevos mais utilizados são os brancos, vermelhos e persas. Geralmente, seu plantio é feito junto com o azevém e a aveia para não causar timpanismo no rebanho.

Como escolher a planta forrageira ideal?

Para escolher a planta forrageira ideal, é preciso considerar vários fatores, como:

Clima e região: cada planta forrageira é adaptada a diferentes climas e regiões. Como sua sobrevivência e produtividade dependem da temperatura, luminosidade, volume e distribuição das chuvas, é importante considerar os fatores climáticos.

Tipo de solo: o tipo de solo também é um fator importante, pois algumas espécies se adaptam melhor a solos com baixa ou alta fertilidade.

Necessidades nutricionais dos animais: se a intenção é utilizá-la para alimentar os animais, a forrageira deve atender às necessidades nutricionais do rebanho.

Tipo de produção animal: o tipo de produção animal, seja ela de leite, corte ou mista, deve ser considerado.

Sistema de manejo: o sistema de manejo adotado, como pastagem extensiva, intensiva ou sistemas de integração lavoura-pecuária (ILP), deve ser considerado.

Aceitabilidade pelos animais: a aceitabilidade pelos animais também deve ser avaliada na hora da escolha.

Tolerância a encharcamento do solo: a tolerância a encharcamento do solo é outro fator fundamental que deve ser analisado.

Além dos fatores citados, no caso de cultivo para atividades agrícolas, o produtor deve considerar a finalidade do plantio:

Plantio direto: o recomendado é analisar o solo e verificar se a forrageira será capaz de conservar a terra, principalmente em terrenos com indícios de erosão.

Adubação verde: as leguminosas são as mais recomendadas, já que são capazes de fixar mais nitrogênio no solo por simbiose. Já, quando a finalidade é para pastagem será necessário analisar aspectos do sistema de produção utilizado, ou seja, se o pastejo é contínuo ou rotacionado, além de considerar características da planta durante o manejo.

Como fazer o manejo das plantas forrageiras?

Em geral, para realizar o manejo adequado das plantas forrageiras, o produtor rural deve buscar ajuda do agrônomo e do zootecnista. Em conjunto, esses profissionais decidirão qual a opção ideal a ser plantada.

Essa escolha deve ser baseada na análise do solo do local plantio, que é feita por meio da solicitação de uma amostragem. Após a decisão, é fundamental adquirir sementes certificadas para garantir a qualidade da plantação.

Em seguida, a terra deve ser preparada para a germinação. Nesse processo, o recomendado é realizar a aração com o objetivo de deixar o terreno solto e sem torrões.

Após a finalização é hora de plantar a semente. Nesta etapa, é importante considerar qual é a profundidade ideal para o cultivo da espécie e o número de vegetais na forragem.

Por fim, entre 45 e 80 dias após a semeadura, quando a altura da forrageira atingir aproximadamente 40 cm, deve ocorrer o primeiro pastejo, de forma breve, com animais jovens e de peso reduzido.

Gostou desse conteúdo? Então, aproveite e leia nosso artigo sobre plantas de cobertura do solo.


Publicado por:
Formada em Jornalismo, pós-graduada em Marketing e especialista em Comunicação Digital, atua como Analista de Conteúdo no MyFarm. 
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