Irrigação por superfície

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Irrigação por superfície: veja se a prática é ideal para sua fazenda

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A agricultura irrigada desempenha um papel crucial na garantia da produção de alimentos em regiões onde a precipitação natural não é capaz de suprir as demandas hídricas das plantas. Nesse contexto, a irrigação por superfície emerge como um dos métodos fundamentais para proporcionar a umidade necessária ao solo e, consequentemente, sustentar o desenvolvimento saudável das culturas.

Ao lado das técnicas de irrigação por aspersão e localizada, a irrigação por superfície compõe um trinômio essencial que visa otimizar a distribuição de água, colaborando para a eficiência produtiva e a segurança alimentar.

Aqui, vou te contar com maior profundidade a irrigação por superfície, elucidando seus princípios, vantagens e limitações, além de destacar seu papel vital na agricultura moderna.

O que é irrigação por superfície?

A irrigação por superfície é um método tradicional e amplamente utilizado na agricultura, que consiste em aplicar água diretamente sobre a superfície do solo de forma controlada. Esse método busca simular, de certa forma, o processo natural de chuva, permitindo que a água se espalhe pelo campo de cultivo de maneira gradual.

Na irrigação por superfície, a água é distribuída em sulcos, canais ou lâminas sobre a superfície do solo, onde posteriormente ela se infiltra e se move através da gravidade para as zonas radiculares das plantas. Esse processo visa fornecer a quantidade necessária de água para suprir as demandas das culturas, garantindo que o solo permaneça com níveis adequados de umidade.

Existem diferentes métodos de irrigação por superfície, incluindo:

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Irrigação por Sulcos

Nesse método, a água é conduzida por pequenos canais (sulcos) ao longo das fileiras de plantas. A água flui através dos sulcos e se infiltra no solo, atingindo as raízes.

Irrigação por Inundação

Também conhecida como irrigação por alagamento, envolve o enchimento temporário de uma área do campo com água. A água se espalha uniformemente e penetra no solo, proporcionando a umidade necessária para as plantas.

Irrigação por Tabuleiros ou faixas

Nesse método, o terreno é dividido em pequenas áreas cercadas por diques. A água é adicionada em cada tabuleiro e se espalha até atingir a saturação do solo.

Embora seja um método relativamente simples, a irrigação por superfície apresenta algumas limitações, como a perda significativa de água por evaporação e escoamento excessivo, o que pode levar à salinização do solo em regiões áridas.

No entanto, quando aplicada adequadamente e combinada com práticas de manejo adequadas, a irrigação por superfície pode ser eficaz na produção agrícola, especialmente em culturas que toleram uma umidade mais superficial.

Saiba quais são os sistemas de irrigação por superfície

Os sistemas de irrigação por superfície são métodos de aplicação de água diretamente sobre a superfície do solo para suprir as necessidades hídricas das plantas. Existem vários tipos de sistemas de irrigação por superfície, cada um com suas características e formas específicas de distribuição de água. Alguns dos principais sistemas de irrigação por superfície são:

Irrigação por Sulcos: Neste método, a água é direcionada por meio de pequenos canais (sulcos) ao longo das fileiras de plantas. Os sulcos podem ser formados na superfície do solo ou serem escavados. A água flui ao longo dos sulcos, infiltrando-se no solo e atingindo as raízes das plantas.

Irrigação por Inundação: Também conhecida como irrigação por alagamento, envolve a inundação temporária de uma área do campo com água. A água é distribuída uniformemente na superfície e, em seguida, se infiltra no solo. Esse método é comumente usado em campos planos e é especialmente eficaz para culturas como arroz.

Irrigação por Tabuleiros ou faixas: Nesse sistema, o terreno é dividido em tabuleiros retangulares, cercados por diques. A água é adicionada a cada tabuleiro, onde se espalha lentamente, permitindo que o solo absorva a umidade.

Irrigação por Sulcos Contínuos: Similar à irrigação por sulcos, mas com sulcos contínuos em todo o campo, permitindo que a água flua continuamente, cobrindo uma área mais ampla. É frequentemente usado em terrenos inclinados.

Irrigação por Canais Laterais: Nesse método, canais laterais são estabelecidos entre as fileiras de culturas. A água é liberada nos canais e flui ao longo das fileiras, infiltrando-se no solo.

Irrigação por Encharcamento: Nesse sistema, a água é aplicada em quantidade suficiente para encharcar a área. É frequentemente usado em vinhedos, pomares e culturas que requerem uma quantidade constante de umidade.

Irrigação por Regos de Contorno: Usado em encostas, consiste em criar sulcos de contorno que seguem o contorno do terreno. A água flui lentamente, minimizando a erosão do solo e permitindo que a água seja absorvida gradualmente.

Irrigação por Infiltração Lenta: Nesse sistema, a água é aplicada em pequenas quantidades diretamente sobre a superfície do solo, permitindo que ela se infiltre lentamente. Isso é especialmente útil em solos com baixa capacidade de infiltração.

A escolha do sistema de irrigação por superfície dependerá das características do terreno, das necessidades das culturas, das condições climáticas e dos recursos hídricos disponíveis. Cada sistema tem suas vantagens e limitações, e a seleção adequada deve considerar uma série de fatores para otimizar a eficiência hídrica e a produção agrícola.

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Descubra as fases da irrigação por superfície

A irrigação por superfície, um dos métodos mais antigos e amplamente usados na agricultura, passa por diversas fases que se combinam para fornecer a quantidade necessária de água às plantas de maneira eficiente. Essas fases, que ocorrem de maneira contínua e interligada, garantem que a água seja distribuída e absorvida de maneira adequada, promovendo o crescimento saudável das culturas.

A primeira fase é a preparação do campo, na qual os sulcos, canais ou tabuleiros são cuidadosamente traçados de acordo com o relevo e as características do terreno. Essa etapa é fundamental para assegurar uma distribuição uniforme da água, evitando o desperdício e a formação de poças.

Após a preparação, segue-se a fase de aplicação de água, na qual a água é introduzida nos canais ou tabuleiros, seja por gravidade ou por meio de bombas. A água flui ao longo dos sulcos ou se espalha sobre a superfície, formando uma lâmina que cobre a área de cultivo. A taxa de aplicação deve ser controlada de acordo com as necessidades hídricas das plantas e a capacidade de infiltração do solo.

Conforme a água se move através do solo, entra-se na fase de infiltração e distribuição, na qual ocorre a penetração da água no solo. O processo de infiltração depende da porosidade e da textura do solo, assim como das condições climáticas. A água se desloca pela ação da gravidade, atingindo as raízes das plantas, onde é absorvida para sustentar seu crescimento.

Com o tempo, chega-se à fase de armazenamento e absorção, na qual a água acumulada no solo é gradualmente absorvida pelas raízes das plantas. Essa água é utilizada pelas plantas para realizar a fotossíntese, absorver nutrientes e manter seu metabolismo ativo. A quantidade de água disponível no solo influenciará diretamente o desenvolvimento das culturas.

Por fim, a evaporação e a percolação encerram o ciclo da irrigação por superfície. À medida que a água fica exposta à atmosfera, parte dela se evapora, contribuindo para a umidade do ar. Outra parcela pode percolar mais profundamente no solo, recarregando os lençóis freáticos. Esses processos concluem a jornada da água no sistema de irrigação por superfície, preparando o terreno para um novo ciclo de aplicação de água.

Assim, a irrigação por superfície, com suas distintas fases, desempenha um papel essencial na garantia do suprimento hídrico necessário para o sucesso da produção agrícola, contribuindo para a sustentabilidade e a segurança alimentar.

Conclusão

A irrigação por superfície se revela como um processo vital na agricultura, desdobrando-se em fases interligadas que permitem a distribuição eficaz da água às plantas.

A preparação do campo, a aplicação da água, a infiltração e distribuição, o armazenamento e absorção, seguidos pela evaporação e percolação, compõem um ciclo indispensável para manter o solo nutrido e propiciar o crescimento saudável das culturas.

Nesse contexto, compreender as nuances desse método tradicional é fundamental para otimizar a produção agrícola e enfrentar os desafios da segurança alimentar.

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