Qual é o maior custo envolvido no manejo de plantas daninhas?
Essa pergunta é menos frequente se comparada com “qual é a forma mais barata de se fazer manejo de plantas daninhas?”. Hoje em dia é fácil estimar o quanto o produtor perde em produtividade devido à infestação de plantas daninhas na lavoura.
Sendo assim, a escolha pela opção mais barata tem resultado em um problema ainda maior para todos os agricultores na esfera global. Os índices de resistência à herbicidas têm crescido de forma alarmante nos últimos anos.
De acordo com a sua publicação, a weedscience.org, organização internacional de pesquisa sobre resistência de plantas daninhas, o problema aumenta exponencialmente a cada ano e o Brasil não está isento.
O gráfico acima informa o número de novos casos de plantas resistentes a herbicidas no mundo
Apesar de apresentar números menores que outros países, o Brasil ainda dispõe de uma variedade alta de plantas daninhas resistentes à herbicidas.
Como parte delas podemos citar a buva (Conyza canadensis) e o capim-amargoso (Digitaria insularis), que trazem muitos prejuízos a diversas regiões do país.
O gráfico acima informa o número de diferentes plantas resistentes a herbicidas por país
Embora o insumo seja mais barato se comparado com sementes, fertilizantes, fungicidas e inseticidas, o uso ineficiente de herbicidas tem saído caro para a maioria dos produtores.
Dessa forma, o maior custo envolvido no manejo de plantas daninhas está nas plantas que você não consegue controlar, visto que, são elas que trazem o maior prejuízo ao produtor.
Prejuízos causados pela resistência ao herbicida
Segundo a Embrapa, o prejuízo e os custos causados por resistência ao herbicida no sistema de produção da soja é de R$ 4.92 bilhões anualmente. Ao somar as possíveis perdas por matocompetição, o prejuízo chega a R$ 9 bilhões por ano.
Fonte: Impacto econômico da resistência de plantas daninhas a herbicidas no Brasil, EMBRAPA (2017)
Já em relação aos casos de resistência ao glifosato no sistema de produção da soja, a Embrapa afirma que a variação dos custos de controles entre casos com resistência e sem resistência evidentemente se traduzem em resultados econômicos negativos para o produtor devido ao custo maior com a compra de herbicidas.
O gráfico acima informa o números de diferentes plantas resistentes a glifosato por país
Porém, é preciso salientar que os impactos ambientais também prejudicam toda a cadeia de produção. Além disso, o uso excessivo de herbicidas pode causar danos a outras culturas e plantações vizinhas.
Assim, produtos como Dicamba têm sido acusados por produtores rurais por se manter suspensos no ar. Isso porque causam toxicidade a outras plantas, principalmente em culturas cítricas, e plantas de soja em estágio de floração.
Reduzindo o custo de aplicação de herbicidas ou otimizando o manejo de plantas daninhas resistentes com aplicação em taxa variável
As boas práticas para o manejo adequado de plantas daninhas envolve:
O produtor que se encontra diante desse problema de resistência pela primeira vez, geralmente se depara com o seguinte paradigma:
Opção: Aumentar a dosagem e frequência de aplicações. Problema: Custos ainda aumentam e baixa eficiência contra plantas daninhas resistentes.
Opção: Usar/rotacionar produtos com diferentes modos de ação. Problema: Custos altamente elevados.
É importante destacar que, mesmo adotando boas práticas de manejo integrado de plantas daninhas, é inevitável a disseminação de plantas daninhas por meio de vias naturais (insetos, pássaros, vento e água) e vias artificiais (pessoas, sementes contaminadas e maquinário).
Ferramentas para monitorar a presença de ervas daninhas
Contudo, é importante que o produtor adote ferramentas operacionais para monitorar e registrar áreas com presença de ervas daninhas.
Entretanto, aplicativos como o Farmbox ajudam a mensurar a pressão e distribuição da infestação como, também, a classificar e identificar o estágio de desenvolvimento da planta daninha.
Dessa forma, a sua funcionalidade permite que o agricultor acerte no timing da aplicação e faça o manejo de plantas resistentes de uma forma mais assertiva e eficiente.
Fonte: Farmbox
Nesse contexto, outra forma de otimizar a aplicação de herbicidas é na aplicação de sensoriamento remoto para a geração de mapas de aplicação em taxa variável.
Mapeamento de plantas daninhas em Goiás
A Hummingbird Technologies, empresa com sede em Londres e com mais de 3 anos de atividades no Brasil, recentemente concluiu casos de estudos sobre a utilização de VANTs (Veículos Aéreos não Tripulados) para mapeamento de plantas daninhas no estado de Goiás.
Nesse sentido, o estudo focou em áreas onde a primeira aplicação de herbicida pós-emergente já havia sido realizada.
Sendo que, um mapeamento das reboleiras com plantas resistentes foi feito anteriormente a uma nova aplicação utilizando herbicidas, sem resistência, que em geral são mais caros por dosagem.
Foto: Mapa de aplicação de taxa variável de herbicida em um talhão com capim-amargoso (Digitaria insularis), buva (Conyza canadensis) e milho voluntário (Zea mays), criada pela Hummingbird Technologies
Logo, a economia gerada pelo mapeamento de plantas daninhas pela Hummingbird pode economizar potencialmente até 60% do custo original observado durante os teste. E, ainda por cima, faz o uso racional de defensivos químicos, o que reduz o risco de intoxicação e impactos ambientais negativos.
No entanto, o principal benefício é a redução dos casos de resistência à herbicidas por meio do controle real de plantas daninhas e maior sanidade da lavoura.
Por fim, aliado a boas práticas de manejo integrado de plantas daninhas, o manejo de plantas daninhas com auxílio da agricultura digital provou ser a forma mais barata a longo prazo.
Pedro de Carvalho
Project Manager at Hummingbird
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