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MATOPIBA: saiba tudo sobre a fronteira agrícola que mais cresce no Brasil

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A região Matopiba é considerada uma fronteira agrícola nacional que possui grande potencial para a produção agropecuária.

Formada pelos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, ela tem se destacado por ser uma região favorável para o cultivo em larga escala, principalmente de grãos e fibras.

Neste artigo vamos explicar a origem dessa fronteira agrícola, falar sobre sua importância para a economia do país e apontar os principais desafios enfrentados pela região.

Acompanhe a seguir!

Qual a origem do nome Matopiba?

O nome Matopiba vem do acrônimo das iniciais dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Essa região foi delimitada pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), e pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA)e formalizada por meio do decreto 8.477 de maio de 2015 da Presidência da República.

A região começou a ser explorada para o agronegócio a partir da década de 1980 por agricultores da Região Sul que foram atraídos pelas terras com valores mais acessíveis, quando comparados às do Centro-Oeste, Sul e Sudeste do Brasil.

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O Matopiba possui 73 milhões de hectares, distribuídos em 337 municípios e é considerada uma região favorável para a produção agrícola em larga escala. Isso porque é caracterizada por vastas porções de terras planas, férteis, mecanizáveis, solos profundos e disponibilidade de água.

Quais estados fazem parte de Matopiba?

Como falamos, o Matopiba é composto pelos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.

Em síntese, a repartição territorial aproximada do MATOPIBA entre os quatro Estados é a seguinte:

  • 33% no Maranhão (15 microrregiões, 135 municípios, 23.982.346 ha);
  • 38% no Tocantins (8 microrregiões, 139 municípios e 27.772.052 ha);
  • 11% no Piauí (4 microrregiões, 13 municípios e 8.204.588 ha) ;
  • 18% na Bahia (4 microrregiões, 30 municípios e 13.214.499 ha).

Características

Matobipa - fronteira agrícola
Fonte: Brasil61

O Matopiba reúne 337 municípios, 31 microrregiões e representa um total de cerca de 73,1 milhões de hectares (51% da área dos quatro estados) e abrange os biomas Cerrado com 90,94% (de toda a área),Amazônia, com 7,27%, e Caatinga, com 1,64%.

Nesta região, existem cerca 324 mil estabelecimentos agrícolas, 46 unidades de conservação, 35 terras indígenas, 36 quilombolas e 1.053 assentamentos de reforma agrária, de acordo com levantamento feito pelo Grupo de Inteligência Estratégica (GITE) da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária).

O que é produzido em Matopiba?

A princípio, a cultura que mais se destaca em Matopiba é a soja. No entanto, outras culturas como arroz, milho e algodão possuem um papel importante na região.

Nesse contexto, a soja ocupa quase 65% da área total cultivada na região, segundo números da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba).

No Oeste da Bahia a produção agrícola se desenvolve em duas áreas com diferentes características: o vale e o cerrado. No vale prevalece a agricultura de subsistência, com o cultivo de mandioca, milho, arroz e feijão, além da pecuária.

Já o cerrado é a área mais plana e permite mecanização. Logo, foi onde se firmou o polo agrícola da Bahia com as maiores áreas de soja, algodão, milho e café.

Vale destacar que o algodão, forte cultura do Oeste da Bahia, é considerado o primeiro em qualidade no Brasil e a região é, hoje, a segunda maior produtora nacional.

De acordo com pesquisa realizada pelo Ministério da Agricultura, grande parte deste impulso na produtividade de grãos se deve ao acesso às tecnologias, como o uso de híbridos e cultivares adaptados às condições edafoclimáticas, além de boas práticas para o uso eficiente de fertilizantes, corretivos e defensivos e sistemas conservacionistas de manejo como o plantio direto e a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF).

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Qual a importância da Matopiba para o desenvolvimento econômico do Brasil?

Segundo a Embrapa, a produção agropecuária do Matopiba é marcada pelas grandes colheitas de grãos, especialmente soja, milho e algodão. Há cerca de 4.800.000 hectares com plantio de soja que somaram a produção total de 18,5 milhões de toneladas na safra 2022/23, o que representa cerca de 12,3% do total produzido no Brasil.

Em geral, o agronegócio tem impulsionado o crescimento econômico da região, gerando empregos e atraindo investidores nacionais e estrangeiros que enxergam em Matopiba grandes oportunidades de negócio e retorno financeiro.

A pecuária também têm contribuído para o desenvolvimento econômico do Matopiba e tem se destacado na produção de carne bovina e leite.

Além disso, a região tem demonstrado um grande potencial para a produção de energia renovável, especialmente para a energia eólica e solar, que têm atraído investimentos de empresas do setor.

Ademais, a outra área que tem gerado crescimento é o turismo, já que a Matopiba possui paisagens deslumbrantes, riqueza cultural e gastronomia típica. Por isso, a região tem investido em infraestrutura turística, a partir da construção de hotéis, melhoria das estradas e acesso facilitado aos principais pontos turísticos.

Quais são os principais desafios enfrentados pela região Matopiba?

Embora seja uma região muito promissora para o mercado de agronegócio, Matopiba ainda enfrenta alguns desafios:

Falta de infraestrutura

Algumas áreas precisam de melhores estradas para facilitar a logística de transporte. Esse fator tem dificultado o escoamento da produção agrícola e aumentado os custos dos produtores.

Desmatamento e degradação

O desmatamento e degradação ambiental precisam ser tratados com responsabilidade a fim de garantir que os recursos naturais e sustentabilidade do local sejam preservados.

Em 2023, a região foi responsável por 74% do desmatamento no Cerrado, o bioma mais afetado pelo desmatamento no país.

Por isso, é fundamental adotar práticas agrícolas sustentáveis como:

  • Manejo correto do solo;
  • Uso racional de defensivos agrícolas;
  • Incentivar o uso de soluções biológicas;
  • Preservação de áreas de reserva legal;
  • Consolidar áreas protegidas;
  • Monitorar e fiscalizar a região para garantir a conservação dos remanescentes de vegetação nativa.

Enfim, gostou desse conteúdo? Então, aproveite e leia nosso artigo sobre a importância da biodiversidade para agricultura.


Publicado por:
Formada em Jornalismo, pós-graduada em Marketing e especialista em Comunicação Digital, atua como Analista de Conteúdo no MyFarm. 
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