Mercado agrícola brasileiro: atualidade e projeções para os próximos anos
O mercado agrícola é um dos setores que mais contribui para o crescimento econômico do nosso país. Prova disso é que o Brasil é considerado o terceiro maior produtor e exportador de produtos agrícolas do mundo.
Neste artigo você vai entender a relação do mercado agrícola com a econômica brasileira, o atual cenário da produção agrícola no país e os principais desafios para os próximos anos.
Confira a seguir!
Mercado agrícola
O mercado agrícola é um dos setores mais importantes para economia brasileira. Nele, são negociados produtos relacionados à agricultura.
Nesse sentido, é nesse setor onde estão as produções de alimentos de consumo interno e externo como grãos, legumes, frutas, hortaliças e outros.
Contudo, além das negociações dos alimentos, o mercado agrícola também inclui infraestrutura, serviços e tecnologia.
Mercado agrícola e economia brasileira
De acordo com Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), o Brasil está ranqueado como o terceiro maior produtor e exportador de produtos agrícolas do mundo.
Diante disso, podemos dizer que o mercado agrícola é um dos setores mais importantes economicamente para o país, visto que é responsável por grandes quantidades de exportações , atraindo investimentos de todo o mundo.
Além disso, é desse setor que vem a maioria dos alimentos consumidos pelos brasileiros, uma vez que, parte da produção é produzida aqui no Brasil.
Commodities
Um dos grandes ativos do mercado agrícola brasileiro são as commodities, produtos padronizados que podem ser estocados, sem perda de qualidade, e que servem de matéria-prima para outros alimentos.
No Brasil, são produzidos diferentes tipos de commodities, sendo que as principais são os grãos de milho, sojae trigo.
Na prática, ele ocupa o lugar de um dos maiores e mais importantes produtores e exportadores de commodities agrícolas do mundo. Fatores como clima, extensão territorial, recursos naturais e terras férteis, contribuem para o protagonismo.
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Cenário atual da produção agrícola no Brasil
Na safra 2022/23 a produção total de grãos atingiu um recorde de 321,4 milhões de toneladas, mesmo com quebras significativas no Rio Grande do Sul, compensadas por rendimentos satisfatórios nas lavouras da Região Centro-Oeste.
Soja
A colheita de soja foi de 154,6 milhões de toneladas, aumento de 23,2%, em comparação à última safra.
As exportações brasileiras de soja acumularam até o mês de outubro 92,8 milhões de toneladas, 24,9% superior ao mesmo período de 2022.
Milho
Para o milho, as três safras de grão resultaram em 131,9 milhões de toneladas, 16,6% superior ao último ciclo.
No total, foram exportadas 42,5 milhões de toneladas do cereal até outubro de 2023, representando uma alta de 36,8% em comparação com o ano de 2022.
Arroz
A produção de arrozfoi impactada pelas condições climáticas. Portanto, a colheita do cereal, resultou em 10,0 milhões de toneladas. Por conta da seca, somente no Rio Grande do Sul, as perdas estimadas foram de 10%.
Feijão
A colheita de feijão atingiu 3 milhões de toneladas, patamar semelhante à safra 2021/22.
Algodão
A safra de algodão também teve bons resultados, com a produção de algodão em pluma de 3,2 milhões de toneladas. Esse valor supera, em 4,95%, a safra recorde de 2019/20 e, em 24,1%, a safra 2021/22.
Café
Para a cultura do café, a safra de 2023/24 foi de 54,3 milhões de sacas de 60 kg (+6,8%) no somatório das espécies Coffea arabica e Coffea canephora. Esse número só ficou atrás, em volume, das safras excepcionais de 2020 e 2018.
Na prática, a melhoria das condições climáticas na primavera de 2022 contribuiu, significativamente, para a recuperação do parque cafeeiro, após duas safras consecutivas com queda na produção.
Ademais, as exportações brasileiras de café verde somaram o equivalente a 27,5 milhões de sacas de 60 kg na parcial de janeiro a outubro de 2023, resultando em uma receita cambial de US$ 5,8 bilhões.
Perspectivas para 2024
A estimativa para a safra de grãos 2023/24 é de 316,7 milhões de toneladas, representando uma queda de 1,5% ou 4,7 milhões de toneladas, se comparada à safra anterior, segundo a CONAB. Nesse cenário, a produção de soja está estimada em 162,4 milhões de toneladas, crescimento de 5,1% em relação a 2022/23.
Milho
As expectativas apontam para um panorama inverso no caso do milho. Devido à redução nas margens da atividade e ao inevitável atraso no plantio da segunda safra, a produção total do cereal deve somar 119,1 milhões de toneladas, resultando em um decréscimo de 9,7% se comparado à safra passada.
Nesse sentido, espera-se uma diminuição significativa na área plantada do milho segunda safra (-5%) devido ao risco associado ao plantio fora do período ideal.
Arroz e feijão
Para o arroz e o feijão, há estimativa de incremento de 7,8% e 0,7% em comparação ao volume colhido na safra 2022/23, resultando em uma expectativa de produção de 10,8 e 3,1 milhões de toneladas, respectivamente.
Café
As temperaturas acima de 35 °C por dias consecutivos, vivenciadas no último trimestre, podem ter efeitos prejudiciais à frutificação de café arábica, reduzindo o potencial de aumentos recordes de produção. Assim, o aumento deve ser da ordem de 11%.
Os desafios do agronegócio brasileiro para os próximos anos
Segundo dados da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura),a população mundial deve alcançar o patamar de 9,8 bilhões de pessoas até 2050.
Portanto, para atender o aumento da demanda global, a produção agrícola deve aumentar 70% durante esse período.
Por ter uma grande representatividade no mercado mundial do agronegócio, a expectativa é que em 30 anos, o Brasil se torne responsável por 40% da produção agrícola mundial.
No entanto, apesar desse avanço representar oportunidades para o crescimento do setor, também sinaliza grandes desafios para o Brasil, que será pressionado produzir de forma ambientalmente e socialmente sustentável.
Contudo, espera-se que práticas relacionadas a economia no uso de água, reciclagem, diminuição de agroquímicos e a adoção de novas tecnologias orientem a produção agrícola nos próximos anos.
Enfim, gostou desse conteúdo? Então, aproveite e leia nosso artigo sobre comercialização agrícola.