Monitoramento de pragas na cultura da soja

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Pesquisa mapeia desenvolvimento de possíveis novas pragas agrícolas no Brasil

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A agricultura brasileira desempenha um papel essencial na economia do país e na segurança alimentar global. No entanto, ela enfrenta constantemente desafios relacionados a pragas agrícolas, que podem prejudicar a produtividade das lavouras e causar grandes prejuízos aos agricultores.

Uma pesquisa recente tem como objetivo mapear o desenvolvimento de possíveis novas pragas no Brasil, ajudando a identificar ameaças emergentes antes que elas se tornem problemas graves.

O estudo combina tecnologia avançada, como análise genética e sistemas de monitoramento, com dados sobre clima, solo e padrões de cultivo, para prever quais pragas podem surgir ou se espalhar no país.

Esse mapeamento é crucial porque permite o desenvolvimento de estratégias de prevenção e controle mais eficientes, protegendo as plantações e garantindo a sustentabilidade da produção agrícola.

Além disso, entender os fatores que favorecem o aparecimento de novas pragas é essencial para preparar os agricultores e orientar políticas públicas voltadas para a proteção do setor agrícola.

Com essa abordagem preventiva, o Brasil pode manter sua posição de destaque no mercado global de alimentos, ao mesmo tempo em que protege o meio ambiente e reduz o uso excessivo de defensivos químicos. Essa pesquisa representa um avanço significativo no combate a ameaças agrícolas futuras.

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O que são pragas quarentenárias ausentes?

As pragas quarentenárias ausentes são organismos considerados altamente perigosos para a agricultura porque, apesar de ainda não estarem presentes em uma região específica, têm grande potencial para causar prejuízos caso venham a se estabelecer.

Essas pragas podem atacar uma ampla gama de culturas, reduzindo a produtividade e causando sérios danos econômicos. Além disso, sua introdução afeta o comércio internacional, já que países importadores frequentemente adotam barreiras fitossanitárias para evitar a disseminação dessas pragas. Isso significa que áreas infestadas podem enfrentar dificuldades para exportar seus produtos agrícolas.

No Brasil, o controle dessas pragas é uma responsabilidade prioritária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa),que mantém uma lista oficial de pragas quarentenárias.

Essa lista identifica quais espécies devem ser monitoradas e controladas rigorosamente para evitar sua entrada e disseminação no território nacional. A inclusão de uma praga nessa lista é baseada em análises técnicas que avaliam seu potencial impacto econômico, ambiental e social.

Um caso emblemático no Brasil foi a introdução da Helicoverpa armigera, uma lagarta que apareceu no país no início da década de 2010. Essa praga provocou perdas significativas nas culturas de soja, algodão e milho, especialmente durante as safras de 2011/2012 e 2012/2013.

A invasão da Helicoverpa armigera resultou em prejuízos financeiros bilionários para os agricultores e demandou uma resposta emergencial, incluindo o uso intensivo de defensivos agrícolas, a adoção de novas práticas de manejo integrado de pragas e mudanças nas políticas de monitoramento fitossanitário.

Esse exemplo reforça a importância de medidas preventivas para evitar que pragas quarentenárias ausentes se tornem uma realidade. A adoção de sistemas de vigilância eficientes, análises de risco e colaboração internacional são essenciais para proteger a agricultura brasileira, preservar a competitividade no mercado global e reduzir impactos ambientais associados ao controle de pragas.

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Saiba quais são os principais insetos-praga quarentenários

Os insetos-praga quarentenários são uma preocupação constante para a agricultura, devido ao impacto potencial que podem causar em culturas específicas. Entre os mais relevantes, destacam-se três espécies amplamente reconhecidas pelo seu potencial destrutivo e relevância econômica:

Anastrepha curvicauda, comumente chamada de mosca-das-frutas-do-mamão, é considerada uma das principais ameaças ao cultivo do mamoeiro em outros países. Essa espécie de mosca ataca os frutos, colocando seus ovos no interior deles, o que leva à deterioração da polpa e à perda de valor comercial. Embora ainda não esteja presente no Brasil, sua introdução representaria uma ameaça significativa à produção e exportação de mamão.

Bactrocera dorsalis, conhecida popularmente como mosca-das-frutas-oriental, é uma praga de grande preocupação devido à sua alta capacidade de reprodução e dispersão. Essa mosca ataca uma ampla variedade de frutas, reduzindo sua qualidade e tornando-as impróprias para o consumo ou exportação. Estudos indicam que o período entre julho e outubro é especialmente favorável para sua proliferação, devido às condições climáticas adequadas.

Lobesia botrana, um inseto que afeta diversas culturas frutíferas, é especialmente danosa para a uva, sendo considerada uma das maiores ameaças à viticultura em várias partes do mundo. A lagarta dessa espécie se alimenta das flores e frutos, comprometendo o rendimento e a qualidade das safras. Além da uva, ela também infesta cultivos como ameixa, maçã, pera e oliveira, ampliando seu potencial destrutivo.

A prevenção contra esses insetos exige monitoramento constante, controle rigoroso de importações e o desenvolvimento de estratégias integradas de manejo.

Conheça os possíveis danos das novas pragas quarentenárias

As novas pragas quarentenárias representam uma ameaça séria não apenas à agricultura, mas também ao meio ambiente e às comunidades que dependem direta ou indiretamente das atividades agrícolas. Quando introduzidas em um novo território, essas pragas podem causar uma série de impactos adversos.

No setor agrícola, essas pragas podem atacar cultivos de importância econômica, provocando desde a redução da qualidade dos produtos até a completa destruição das safras. Isso compromete a produtividade e afeta diretamente os agricultores, reduzindo seus lucros e aumentando os custos operacionais com a necessidade de implementar medidas de controle emergenciais.

Além disso, a presença de pragas pode inviabilizar o comércio de determinados produtos, uma vez que países importadores frequentemente exigem que as áreas produtoras estejam livres de organismos prejudiciais. Isso gera barreiras fitossanitárias que elevam os custos de exportação e restringem o acesso a mercados internacionais.

O impacto ambiental também é significativo. Muitas pragas se tornam invasoras, alterando o equilíbrio ecológico, atacando plantas nativas e causando a perda de biodiversidade. Isso pode prejudicar serviços ecossistêmicos fundamentais, como a polinização.

Além disso, essas pragas podem dificultar a implementação de programas de Manejo Integrado de Pragas (MIP), forçando o uso excessivo de pesticidas e comprometendo práticas sustentáveis. Dessa forma, o combate às novas pragas exige ações preventivas robustas e um planejamento estratégico para mitigar os riscos ao setor agrícola e ao meio ambiente.

Entenda quais são os controles possíveis de utilização

Para evitar a introdução de pragas agrícolas no Brasil, o governo utiliza um conjunto de medidas de fiscalização e controle que visam proteger a produção nacional e o meio ambiente.

A Vigilância Agropecuária Internacional (VIGIAGRO),ligada aoMinistério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), desempenha um papel essencial nesse processo, inspecionando o trânsito internacional de vegetais, produtos agrícolas, embalagens e materiais de suporte de madeira. Esse controle é crucial para evitar que pragas entrem no território nacional através do comércio global.

Uma das principais exigências nesse contexto é a obtenção da Permissão de Trânsito de Vegetais, que regula a entrada de produtos agrícolas conforme normas fitossanitárias. A Instrução Normativa nº 32/2015 estabelece métodos de tratamento para eliminar possíveis pragas em materiais importados, sendo eles:

Tratamento térmico ou secagem em estufa, que consiste em submeter os materiais a altas temperaturas para eliminar organismos indesejados.

Aquecimento dielétrico com micro-ondas, utilizado para destruir pragas em materiais específicos.

Fumigação com brometo de metila, que aplica um gás químico para esterilizar materiais contaminados.

No caso de pragas quarentenárias ausentes, o Brasil ainda não possui produtos químicos ou biológicos registrados para seu controle. Contudo, esforços estão em andamento, como a identificação, pela Embrapa, de agentes biológicos naturais e métodos usados em outros países que podem ser adaptados.

Isso inclui o uso de predadores naturais e parasitas que ajudam a controlar pragas de forma sustentável, reduzindo a necessidade de defensivos químicos. Essas estratégias, associadas a medidas de fiscalização rigorosas, ajudam a mitigar o risco de introdução de pragas e fortalecem a segurança agrícola do país.

Conclusão

As pragas quarentenárias são organismos que representam uma séria ameaça à agricultura, ao meio ambiente e à economia. Mesmo ausentes em uma região, podem causar danos significativos caso sejam introduzidas, afetando cultivos importantes, reduzindo a produtividade e comprometendo o comércio internacional. Para prevenir sua entrada no Brasil, a Vigilância Agropecuária Internacional (VIGIAGRO) realiza rigorosa fiscalização de produtos agrícolas, embalagens e materiais em trânsito.

Medidas como tratamentos térmicos, fumigação e controle biológico são utilizadas para eliminar riscos. No entanto, o combate às pragas quarentenárias exige atenção constante, já que elas também podem impactar o manejo agrícola sustentável e a biodiversidade.

Você sabia sobre esses perigos?


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