Sorgo: o que é, características e como cultivar esse grão

Share

Sorgo: o que é, características e como cultivar essa cultura

Quer saber mais sobre o MyFarm?

Entre em contato e agende uma demonstração com nossos consultores!

Solicitar Teste Grátis

O sorgo é o quinto cereal mais produzido no mundo e uma das principais culturas plantadas no Brasil. Por se adaptar em diversos ambientes, consegue produzir mesmo em condições pouco favoráveis.

Apesar de ser conhecido por sua utilização na alimentação animal, o sorgo também serve de matéria-prima para o alimento humano, como a fabricação de pães e biscoitos.

Por isso, tem representado um excelente investimento para os produtores rurais, especialmente devido a sua fácil adaptação, alta produtividade e versatilidade.

Quer conhecer mais sobre esse cereal? Acompanhe este artigo até final.

O que é sorgo e para que serve?

Em síntese, o sorgo é um cereal originário da África, utilizado na alimentação animal. Rico em fibras, ácidos fenólicos e taninos, também consiste em matéria-prima para o alimento humano.

Na América do Sul, Estados Unidos e na Austrália, este cereal é utilizado basicamente na alimentação animal. Já na América Central, na Ásia e na África, seus grãos são usados também na alimentação humana para produção de farinha e de amido industrial, na fabricação de pães e biscoitos.

ads

Quais são os tipos de sorgo?

De modo geral, os sorgos são classificados em 5 grupos: granífero, sacarino, forrageiro, vassoura e biomassa.

Sorgo Granífero

Esse tipo de sorgo possui maior expressão econômica e está entre os cinco cereais mais cultivados em todo o mundo, ficando atrás do arroz, trigo, milho e cevada.

No geral, é constituído por plantas de porte baixo, de até 170 cm, com uma panícula na sua extremidade superior, onde ficam os grãos, seu principal produto. Além disso, após a colheita dos grãos o restante da planta pode ser usada como feno, pastejo ou incorporada ao solo.

Sorgo Sacarino

O sorgo sacarino é caracterizado por plantas de porte alto, fracas em produção de sementes, além de ser composto por caules ricos em açúcares, sendo apropriado para silagem e/ou para produção de açúcar e álcool.

Sorgo Forrageiro

Assim como o sacarino, o sorgo forrageiro possui porte alto, com plantas superiores a dois metros, porém com elevada produção de forragem. Contudo, é adaptado principalmente ao Agreste e Sertão de Alagoas e regiões similares.

Este tipo é utilizado principalmente para pastejo, complemento alimentar para gado, fenação e cobertura morta.

Sorgo Vassoura

Como o próprio nome diz, esse tipo de sorgo é usado na fabricação de vassouras, principalmente na região do Rio Grande do Sul.

Sua principal característica é a panícula em forma de vassoura. No entanto, as outras partes da planta podem ser utilizadas na alimentação animal.

Sorgo Biomassa

O sorgo de biomassa é destinado à produção de energia, com poder calorífico similar ao da cana, do eucalipto e do capim-elefante. Seu material pode ser utilizado em usinas termelétricas, como também em indústrias que utilizam caldeiras e geram energia para consumo próprio.

>>> DOWNLOAD GRATUITO: PLANILHA PARA GESTÃO DE INSUMOS AGRÍCOLAS <<<

Qual é a melhor época para plantar sorgo?

O recomendado é que a semeadura ocorra entre setembro e novembro, dependendo da época de início das chuvas. No entanto, a produtividade é, provavelmente, mais elevada quando as condições do tempo permitem o plantio em outubro.

Vale destacar que o sorgo é uma espécie de dias curtos, ou seja, quando o plantio é realizado mais tardiamente pode haver efeito de fotoperiodismo, responsável por reduzir, especialmente, o porte da planta e afetar a produção de matéria seca total.

Assim, em plantios feitos a partir de meados de dezembro já pode ocorrer a redução no porte da planta, dependendo da cultivar utilizada.

Quais fatores favorecem o aumento da produtividade do sorgo?

Para obter sucesso nos resultados da lavoura de sorgo é importante se atentar para alguns fatores importantes.

Clima

O sorgo é uma cultura muito tolerante à seca. Isso acontece porque a planta possui um sistema radicular profundo e ramificado, o que aumenta a eficiência na extração de água da solução de solo.

Sendo assim, a quantidade de água exigida durante o ciclo da cultura varia de 450 a 500 mm, e ocorrendo deficit hídrico a taxa de crescimento da cultura diminui.

Além disso, por ser resistente a altas temperaturas, ela consegue se desenvolver em condições consideradas desfavoráveis para o cultivo de outros cereais.

Logo, na fase de florescimento, o cultivo necessita de temperaturas médias diárias superiores a 18ºC, sendo as melhores condições térmicas entre 26 e 30ºC. Devido as estas características a cultura se adapta facilmente a locais áridos e com escassez de chuva.

Plantio

Primeiramente, a época de plantio do sorgo depende se o cultivo será de verão ou de safrinha. Sendo que, no verão, a semeadura é realizada no início do período chuvoso. Já na safrinha, o mesmo é realizado logo em seguida à colheita da safra normal.

Ele pode ser plantado de duas formas, por meio do plantio convencional, quando o solo é arado, gradeado e nivelado, ou plantio direto onde a plantação é realizada na palhada, com o mínimo de revolvimento do solo.

Além disso, a semeadura da cultura pode ser feita com o mesmo maquinário usado para soja, arroz, trigo, ou outros grãos.

Preparo do solo

Quanto ao preparo do solo, é essencial que haja um bom contato da semente com o solo para que se obtenha uniformidade de germinação e emergência.

Assim, caso a escolha seja os sistemas tradicionais de plantio, envolvendo aração e gradagens, é importante dar atenção à gradagem para que ocorra a quebra dos torrões do solo.

Por outro lado, o sistema de plantio direto agrega vantagens comparativas aos sistemas convencionais, visto que é revolvida apenas uma pequena parte da superfície do solo, deixando o restante protegido pela palhada.
Desse modo, além de contribuir para a redução da erosão, ajuda a conservar umidade do solo e promove o controle das plantas daninhas.

Profundidade de plantio

O sorgo possui uma semente pequena, por isso é necessário realizar o plantio mais superficial, a uma profundidade de 3 a 5 cm. Além disso, o solo deve estar bem preparado a fim de facilitar a emergência das plântulas.

Adubação e nutrição

Vale lembrar que a adubação de plantio deve ser realizada conforme os resultados da análise do solo, que precisa ser antes da implementação da cultura.

No caso do sorgo, a maior exigência nutricional é o nitrogênio e potássio, além do cálcio, magnésio e fósforo. Sendo que, o fósforo e o nitrogênio são quase todos translocados para os grãos.

É importante ressaltar que a incorporação dos restos culturais da plantação pode devolver ao solo parte dos nutrientes contidos na palhada, como potássio, cálcio e magnésio.

Contudo, mesmo com a manutenção da palhada na lavoura, faz-se necessária a reposição desses nutrientes em cultivos seguintes.

Extração média de nutrientes pela cultura do sorgo
Fonte:Pioneer

Colheita

Em síntese, a definição do momento mais adequado para a colheita está diretamente associado ao tipo de cultivar e à finalidade para a qual o sorgo será utilizado.

Sendo assim, se o objetivo for a colheita de grãos, o ideal é estar entre 14 e 17% de umidade com secagem artificial, ou entre 12 e 13% com secagem natural.

Já nos casos de sorgo para ensilagem, o ponto recomendado para a colheita é quando a planta atinge, no mínimo, 30% de matéria seca.

Por outro lado, se o produtor deseja fazer o corte verde, o indicado é que a planta atinja o estádio de emborrachamento ou tenha se passado de 50 a 55 dias da semeadura.

Agora se o intuito for pastejo e fenação, o momento mais adequado para colheita é quando a planta está com altura entre 80 e 100 cm ou tenha se passado de 30 a 40 dias da semeadura.

Por fim, para utilizar o sorgo como cobertura morta, o ideal é que a colheita seja feita quando a planta atingir cerca de 150 cm de altura.

Gostou desse artigo e quer continuar aprendendo sobre a plantação de grãos e cereais? Leia nosso artigo sobre plantio de trigo.


Publicado por:
Formada em Jornalismo, pós-graduada em Marketing e especialista em Comunicação Digital, atua como Analista de Conteúdo no MyFarm. 
Share